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Transporte Individual: Contra-Mão, Beco sem Saída, Fim da Linha!

21 Jan

Inauguramos o ano de 2013 aqui no blog reproduzindo um texto muito interessante do site O que Você Faria se Soubesse o que Eu Sei, escrito por Alexandre Costa. Nele, o autor retrata o cenário calamitoso do transporte nas grandes cidades e aponta alguns caminhos para conseguirmos nos livrar dessa prisão de forma sustentável não só para o planeta, mas para nós mesmos.

Para ler o texto na íntegra, basta acessar este endereço.

Abaixo, alguns trechos:

(…) A queima de óleo diesel ainda é a principal fonte de emissão de transportes no Brasil, mas mesmo a euforia em substituir a gasolina pelo etanol  mostrou-se de curtíssimo alcance. A princípio, é óbvio que o etanol e os demais agrocombustíveis são menos danosos ao clima, pois o carbono é reciclado. Quando a cana-de-açúcar ou plantas oleaginosas crescem, sequestram CO2 que é produzido nos motores a combustão. No entanto, o próprio transporte desse combustível (feito usualmente em veículos a diesel) e o desmatamento, comumente associado à expansão da fronteira agrícola, já mostram que eles não são nenhuma panaceia. Além disso, sabe-se muito bem quão brutal é a exploração da força de trabalho nos canaviais e usinas e que impactos ambientais envolvendo os efluentes das usinas bem como o uso de fertilizantes, herbicidas e pesticidas são bastante significativos, deixando os agrocombustíveis com um grande custo sócio-ambiental. Mesmo com sérios comprometimentos à segurança alimentar e com agressões ainda maiores às florestas, portanto, sabe-se que seria impossível sustentar uma frota de automóveis com crescimento acelerado com base neles.

(…) O transporte coletivo precisa ser privilegiado em detrimento do transporte individual. Cidades congestionadas são uma manifestação de total ineficiência (gasta-se mais energia, seja via queima de combustíveis fósseis ou não) para se locomover cada vez menos no mesmo intervalo de tempo. Mas a saída do “conforto” do transporte individual só se mostrará atraente mediante uma alternativa concreta de locomoção. Programas de tarifação zero e de melhoria da qualidade do transporte público, em conjunção com restrições ao uso do transporte individual são a mistura adequada de doce e amargo para garantir a virada necessária para impedir a crescente inviabilização dos assentamentos urbanos.

 

300 anos de combustíveis fósseis em 300 segundos

6 Dez

É sobre isso que trata o vídeo abaixo: como nossa vida na Terra evoluiu até chegarmos no ponto em que estamos hoje. O cenário não é dos mais aprazíveis, mas existem soluções para o futuro; basta nos mobilizarmos e mudarmos o rumo do nosso progresso [destrutivo] como espécie. O vídeo, criado pelo Post Carbon Institute, sugere que teremos que lidar com 4 grandes questões:

1. Aprender a viver sem combustíveis fósseis.

2. Nos adaptarmos ao colapso do crescimento econômico como conhecemos.

3. Dar suporte à população de 7 bilhões de pessoas e estabilizar esse número em um nível sustentável.

4. Lidar com o nosso legado de destruição ambiental.

Claro, nada disso é fácil de ser alcançado. Estamos diante de um paradigma da consciência, onde só a mudança do pensamento fará alguma diferença. O caminho é longo, mas vale a pena ser trilhado para um futuro melhor.

Assista ao vídeo [com legendas em inglês] abaixo:

 

IPEMA – Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica

6 Set

Em um post anterior, falamos sobre a Permacultura, um movimento que busca interromper o desperdício e repetir o ciclo fechado da natureza – a sobra de um processo é matéria prima para outro. E essa ideia vem sendo amplamente difundida desde 1999 pelo IPEMA, o Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica.

A instituição está baseada em Ubatuba e sua missão é “fomentar e difundir a permacultura para a criação de assentamentos humanos sustentáveis”. Na prática, significa receber, abrigar, conscientizar e capacitar qualquer pessoa interessada em aprender e desenvolver técnicas de permacultura, como: bioconstrução, aproveitamento total de resíduos (orgânicos ou não), ecovilas e outras atividades relacionadas. Eles fazem isso por meio de cursos, imersões e programas especiais para grupos. Além dessa agenda, eles recebem qualquer um interessado em ajudar um pouco no desenvolvimento do espaço. Uma vez ali, a ordem é colocar a mão na massa e literalmente ajudar a levantar novas estruturas como alojamentos e banheiros. Segundo eles, o IPEMA está sempre em construção; expandindo-se estruturalmente para aumentar sua capacidade de ensino da importante filosofia e prática da Permacultura.

Acesse o site para saibar mais sobre o IPEMA, seus cursos, ecovilas, bioconstrução e como visitá-los.

Somos o 10º país que mais investe em energia limpa

12 Abr

No dia 11 de abril, o Pew Environment Group divulgou seu relatório anual chamado Who’s winning the clean energy race? (Quem Está Ganhando a Corrida da Energia Limpa, em tradução livre). As notícias são boas, tanto em âmbito mundial quanto para o Brasil.

Este gráfico mostra a evolução dos investimentos em energia limpa de países que compõe o G20 (barra azul) e de todos os outros (barra amarela). Em apenas 7 anos (entre 2004 e 2011), os valores passaram de 33,7 bilhões de dólares para 237,2 bilhões. Isso demonstra que as nações mais desenvolvidas estão finalmente se preocupando de verdade com o futuro do setor energético do mundo, buscando outras fontes de energia. E o Brasil também caminha nesse sentido.

Ainda de acordo com o relatório, somos o 10º país que mais investiu nesse setor, alcançando a marca de 8 bilhões de dólares de investimento – principalmente em fonte eólica. Este número representa um aumento de 15% em relação a 2010, representando a 3ª maior taxa de crescimento nos últimos 5 anos entre os países do G20. Ainda temos muito o que fazer, mas o país caminha aos poucos para alternativas mais limpas de energia.

Acesse aqui o relatório completo (em inglês).